A MENINA DA PIPOCA

Uma lenda bastante conhecida na cidade é a da Menina da
Pipoca, que conta a história de uma garotinha que morreu engasgada com pipoca
após os pais a proibirem de acompanhar a procissão de São Benedito. Para
distrair a menina, eles lhe deram um saco de pipoca, mas foi só colocar uma na
boca que ela engasgou e morreu. Em 1891, foi erguido um túmulo de mármore com a
escultura de uma criança deitada e com flores em suas mãos, mas muita gente jura que nas suas mãos parecem estão pequenas pipocas em vez de flores para ela.
Para o historiador mogiano Mário Sérgio de Moraes, essas
lendas passam de geração em geração por guardarem a alma da cidade e também por
conter lições de moral, em alguns casos. “Na lenda da Menina da Pipoca há uma
lição moral de que não se deve cometer este ato (proibir alguém de ver uma
procissão) com nenhum santo, pois se isso ocorrer, você será castigado”,
afirma.
Moraes também comenta que essas lendas possuem uma grande
ressonância social e dão identidade para a cidade. “Você pode não se lembrar de
nomes ou datas exatas, mas irá se lembrar da história e querer contar para
outras pessoas, mantendo a história da cidade viva”, destaca.
A LENDA DO ESCRAVO SEBASTIÃO
É a um agricultor de São José do Paraitinga (depois
Salesópolis), feriu seu patrão em legítima defesa, foi processado e julgado.
Outros informam que o preto avocara a si um assassinato, por
mandado de seu senhor, o qual lhe garantira a absolvição e, como prêmio, a
alforria.
Entretanto, seja qual for à versão certa, o fato é que o
preto Sebastião foi julgado e condenado à morte. E em cumprimento da sentença,
foi enforcado em espetáculo público a que compareceu muita gente...
O enforcamento do escravo Sebastião não foi o único na Mogi
das Cruzes de antigamente. Nenhum outro, entretanto, teve a repercussão que o
dele alcançou, transformando-se numa lenda que chegou aos nossos dias.
Conta a lenda que no dia aprazado grande número de pessoas
rodeava a forca, levantada no local onde hoje se encontra a Rua Dr. Cândido
Vieira.
A final chega o condenado, o carrasco passa-lhe a corda no
pescoço e dá o puxão de estilo. Mas a corda se rompe!
Repete-se a cena. E a corda parte-se outra vez!
Ainda uma terceira vez, diante dos assistentes incrédulos,
corta-se novamente a corda!
Quando os presentes exigiam que se suspendesse a execução,
aos gritos de “ É inocente!...”, passa
pelo local um tropeiro, que oferece ao carrasco um laço trançado com tiras de
couro, com o qual, finalmente, o escravo é enforcado diante da assistência já
assombrada.
Conta ainda à lenda que o tropeiro deixou o local e não
andou muito, pois logo a seguir foi acometido de loucura e despenhou-se com o
seu cavalo num precipício, tendo morte horrível.
O Baile das Sexta - Feiras
À Rua Senador Dantas, onde está hoje o novo edifício do
Instituto Dona Placidina, havia um grande e velho sobrado, com várias janelas e
alpendres de ferro batido. Era a residência “na cidade” de ilustre e abonada
família mogiana .
Pois o sobrado de Dona Yayá- como era conhecida- deixou
muitas histórias.
Ainda há pouco uma senhora contou-nos uma delas:
Quem passasse por ali noite alta, nas Sextas-feiras, veria
um belíssimo espetáculo. Um baile dos mais ricos, com grande orquestra e
inúmeros casais a rodopiar lindas valsas e afinadas mazurcas.
Nos alpendres, senhoras e senhoritas de longos vestidos e
cuidados penteados e gentis cavalheiros de smoking e de casaca. Até a
madrugada, quando cessava a música e o baile tinha fim.
Perguntei à minha informante quem eram os dançarinos de tão
alegres noitadas.
E ela , com a maior naturalidade :
- Almas do outro mundo- é claro ! ...

PROCISSÃO DOS MORTOS
CONTA- SE, COMO SE CONTA EM TODOS OS LUGARES QUE O
CORTEJO SAIA A MEIA NOITE DO DIA 02 DE NOVEMBRO DIA DOS MORTOS. SAIAM PELAS
RUAS CENTRAIS DA CIDADE, LUGARES QUE EM VIDA HAVIAM PASSADO.
ERA UM ARRASTAR DE PÉS, UM MÚRMURIO. UMA TRISTE MELODIA
DE UM TETRICO CORAL DO ALÉM.
AS PESSOAS NÃO SAIAM DE SUAS CASAS, AS CRIANÇAS REMEXIAM-
SE EM SEUS LEITOS SÓ PARA NÃO VER A PROCISSÃO PASSAR.
MAS UM DIA UMA MULHER MUITO ABUSADA RESOLVEU ESPERAR O
CORTEJO PASSAS. ENCOSTOU- SE NA JANELA DE SUA CASA E FICOU ESPERANDO.
E A PROCISSÃO VINHA SE ARRASTANDO PELAS PRINCIPAIS RUAS
DA CIDADE, MÚMURIOS QUASE ENLOUQUECEDOR.
QUANDO A MULHER AVISTOU O CORTEJO, FICOU PARADA OLHANDO.
AO PASSAR EM FRENTE A SUA CASA, FICOU PETRIFICADA UM DOS MORTOS SAIU DO CORTEJO
E FOI ATÉ A JANELA E ENTREGOU- LHE UMA VELA QUE TRAZIA NAS MÃOS.
A MULHER FICOU OLHANDO ATÉ A PROCISSÃO ACABAR DE PASSAR,
QUANDO OLHOU A VELA QUE ESTAVA EM SUAS MÃOS DEU UM FORTE GRITO E DESMAIOU...
NO OUTRO DIA OS VIZINHOS FORAM ATÉ A CASA DA MULHER PARA
SABER O QUE TINHA ACONTECIDO. AO CHEGAR LÁ A MULHER AINDA ESTAVA DESMAIADA
SEGURANDO UM OSSO HUMANO A VELA HAVIA SE TRANSFORMADO NUM GRANDE FEMÚR.

A lenda da escada
Os índios que povoavam a região leste de Mogi das Cruzes
onde mais tarde estabeleceu-se o município de Guararema praticavam solene
ritual para o enterro de seus mortos. E, seguindo a velha lenda aprendida de
seus antepassados, erigiam grande escada ao pé da cova â?" para que os
falecidos pudessem alcançar o céu.
Quando os frades do Carmo dispuseram-se a pacificar e a
catequizar os índios da região, aproveitaram inteligentemente o antigo costume.
Apresentavam aos silvícolas uma imagem de Nossa Senhora com uma escada nas
mãos. Os bugres aceitaram perfeitamente os frades e a imagem. A pacificação não
ofereceu maiores problemas e os religiosos fizeram construir no local uma
grande igreja, tombada pelo Patrimônio e Artístico Nacional.

A Lenda das Cruzes
Há muitos e muitos anos atrás morava em São Paulo de
Piratininga um moço pobre e trabalhador que se apaixonou pela filha do patrão,
um homem rico e influente. A moça também se apaixonou pelo rapaz, mas não podia
nem sequer vê-lo porque seu pai não admitia o casamento e tudo fazia para que
eles se odiassem.
Não conseguindo que a filha esquecesse o moço, o pai chegou
a arquitetar a sua morte. E numa noite, quatro de seus melhores capangas
incumbidos de matar o jovem, decidiram apenas expulsa-lo da cidade e fizeram-no
embrenhar-se na mata sob a promessa de nunca mais voltar a São Paulo.
A moça, quando soube que seu pai mandara matar o amado,
ficou inconsolável e chorou vários dias sem parar.
Um dos capangas, velho servidor da família, penalizado com o
sofrimento da jovem, resolveu confiar-lhe o seu segredo para que ela sofresse
menos – sabendo que o rapaz estava vivo.
A moça ficou muito contente com a noticia e decidiu não
descansar enquanto não se juntasse ao seu amor.
Para isso rezou ardentemente, com todas as suas forcas,
pedindo aos céus que lhe indicasse, por um sinal, onde estava o jovem.
Suas preces foram ouvidas e nessa mesma noite apareceu no
céu uma cruz. Vendo-a, a moça compreendeu que aquele era o sinal que havia
pedido. Assim, deixou sua casa e seguiu viagem na direção da cruz.
Mal saiu dos muros de São Paulo quando, logo à entrada da
mata que circundava a cidade, viu outra cruz. Acompanhou-a e foi seguindo as
cruzes que lhe apareciam a cada passo.
Andou dias e dias ate que chegou a um descampado, onde havia
uma pequena casa e um inicio de plantação. E lá encontrou, afinal, o seu amado!
Conta, ainda a lenda que muitos anos depois, quando os
primeiros colonizadores chegaram à região – que se chamava Mogi – eles já
encontraram lá o feliz casal rodeado de filhos.
E ao ouvirem da moça a sua bela historia, decidiram
perpetuar o fato e homenagear a vitória do amor, acrescentando o “das cruzes”
ao nome de Mogi.

A história mais conhecida sobre a origem da Noiva da Estrada
remonta aos anos 1960. Dizem, que naquela época, uma noiva, ao ir para o seu
casamento, em uma noite de chuva, bateu o carro e faleceu antes de se casar.
Desde então, uma mulher vestida de noiva passou a atormentar
a vida dos motoristas que passam por aquele lugar. Mas há quem diga que o fato
ocorreu na década de 1940, e que em vez de sofrer um acidente de carro, a noiva
bateu a cabeça ao cair de um cavalo, quando estava a caminho do casamento, e
faleceu.
Estranhamente, no lugar onde dizem que a noiva morreu,
trecho que fica na Serra de Sabaúna, foi construída, em 1969, uma pequena
caverna de pedra, onde há uma imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Ao passar pelo local, muitos caminhoneiros acendem velas
para a Santa, mas ninguém sabe ao certo, se aquela pequena capela possui alguma
relação com a Noiva da Estrada, embora esteja muito próxima do lugar onde a
noiva costuma aparecer.
Talvez não haja como comprovar que uma noiva realmente tenha
morrido naquele trecho da estrada, e talvez tudo não passe de mais uma lenda
urbana, mas algo estranho tem causado a morte de muitos motoristas naquela
região.
Vários acidentes trágicos têm ocorrido naquele trecho. E se
há os que dizem que o motivo dos acidentes são as curvas perigosas, parece que
sempre há alguém disposto a acreditar que os acidentes que acontecem naquele
lugar são causados pela Noiva da Estrada.


A LENDA DO CORPO-SECO
O corpo-seco é um personagem do folclore brasileiro comum no
interior dos estados de São Paulo, Minas Gerais e região Centro-Oeste. De
acordo com a lenda, o corpo-seco foi um homem muito malvado que vivia
prejudicando as pessoas. Era tão ruim que maltratava e batia na própria mãe.
Após sua morte, de acordo com a lenda, ele foi rejeitado por
Deus e até pelo diabo. Até mesmo a terra, onde havia sido enterrado, o
expulsou. Com o corpo em estado de decomposição teve que sair de seu túmulo.
Começou a viver como alma penada, grudando nos troncos das árvores, que secavam
quase que imediatamente.
Ele então passou a viver assombrando as pessoas nas
estradas. De acordo com a lenda, quando uma pessoa passa na estrada o
corpo-seco gruda em seu corpo e começa a sugar o sangue. A vítima da
assombração pode morrer caso ninguém passe na estrada para salvá-la.
Muitas pessoas que acreditam em lendas e são supersticiosas
tem medo de caminhar em estradas desertas do interior, pois acham que podem ser
atacadas por esta assombração. Muitos pais e avós, moradores destas regiões,
também contam esta lenda para as crianças para provocar medo e evitar que elas
saiam sozinhas por regiões desconhecidas.
Os antigos contam
ainda algumas lendas, que certamente foram contadas por seus pais, uma delas
diz: "em certa época levaram o gado do Santo Ângelo e sua imagem para Mogi
das Cruzes, colocaram o gado no pasto e a imagem do Santo Ângelo na Igreja do
Carmo e a trancaram com cadeado. Era de madrugada, quando um carmelita
encontrou pelo caminho o gado de Santo Ângelo e um mocinho que o guiava. Quando
amanheceu o dia, foram verificar e constataram que tanto o gado como a imagem
de Santo Ângelo, haviam desaparecida. E foram à procura, encontrando-os na
capela, com a imagem no altar"
Outra lenda: Uma
abertura na Capela em determinada época do ano, permitia que uma réstia de luz
solar iluminasse a histórica imagem de Santo Ângelo, no seu trono, por alguma
razão desconhecida, um determinado dia resolveram fechar aquele abertura,
ficando o milagroso santo sem o seu costumeiro raio de sol. No dia seguinte
quando a Capela foi aberta, verificou-se que a imagem não estava em seu trono.
Assustados, os devotos saíram desesperados à sua procura, encontrando a imagem
no pasto, ao sol, sobre um cupinzeiro. Trazida de volta à Igreja, diz a lenda,
que ele fugia e era sempre encontrado no mesmo lugar, sobre o cupinzeiro, a
tomar sol, resolveram então abrir novamente a fenda, para que os raios de sol
voltassem a iluminar a imagem, mesmo com a Capela fechada, e até hoje esta
"fenda" permanece aberta.

A LENDA DA COBRA BOIGY
A lenda da Cobra Boigy fala de uma grande aventura
Contam que naquele tempo
passado a aldeia _ que dizem ter
existido na região foi acordada pela presença de um animal ,
segundo o pajé , morava no rio.
Ninguém sabia
dizer que bicho era aquele. Só conheciam
a uma selvageria quando aldeia era atacada Antes de acontecer um desastre maior
um dia daquele monstro que vivia tirando a paz dos índios.
Tempo depois, os guerreiros voltaram da floresta sem
encontrar nada.
Até o dia que ela
apareceu novamente.
E o índio Caeté,com sua pontaria precisa atingiu em cheio
o olho da cobra,que caiu morta.
O BAILE DE CARNAVAL
Há muito tempo atrás era costume das cidades realizarem
bailes de carnaval no prédio do mercado municipal.
Em Mogi das
cruzes, a historia do mercado municipal começou no final do século XX.
Dizem os mogianos os antigos que a maldição que aterrorizava
os foliões continuou a persegui-las apesar da mudança de endereço ocorrida em 1892.
Nesse novo prédio
a rua das flores atual Rua Professor Flaviano de Melo onde hoje lá esta .
Os bailes de mascara do carnaval mogiano muito
frequentadas.
Apesar de alegria que tomava a noite diz à lenda que
nenhuma pessoa, poderia ficar no baile após a meia noite de terça-feira, pois
corria risco de ser amaldiçoado.
E foi o que aconteceu com Donato um jovem que nunca
acreditou em crendice popular ficou no baile após a meia noite e virou um
terrível lobisomem.
Boa ko
ResponderExcluirAdorei Gratidão
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